1. Libertação do Egito: Um Chamado à Transformação
“No Egito, o povo de Israel era oprimido. E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem.”
(Êxodo 3:9)
Os israelitas foram escravizados pelos egípcios durante quatrocentos e trinta anos (Êxodo 12:40). Após esse longo período, cerca de seiscentos mil homens, além de mulheres e crianças, foram libertos sob a liderança de Moisés. Faraó, já exausto pelas pragas enviadas por Deus, permitiu sua saída (Êxodo 12:37).
1.1 Egito: Lugar de Quem Ainda Não Foi Liberto
Em uma visão simbólica, o Egito representa nossa velha vida, uma existência de escravidão ao pecado. Apesar de o povo sofrer com a opressão, aquele modo de vida era tudo o que conheciam.
Quando Faraó propõe que o povo sacrifique a Deus ali mesmo, Moisés prontamente recusa:
“Então chamou Faraó a Moisés e a Arão, e disse: Ide, e sacrificai ao vosso Deus nesta terra.”
(Êxodo 8:25)
Deus requer libertação para que possamos servi-Lo plenamente. Mesmo que a libertação seja gradual, devemos servir enquanto saímos do Egito, caminhando rumo à verdadeira liberdade.
Há quem possua dons e talentos, mas ainda não está liberto para servir. Muitos não conseguem enxergar o plano de libertação, cura e restauração que Deus tem para suas vidas.
No Egito, toda honra era dada à divindade de Faraó. Assim, Deus envia as pragas com o propósito de humilhar essa falsa divindade e revelar Sua soberania.
1.2 Melhor o Deserto com Deus do que o Egito com Faraó
A geração que morreu no deserto acreditava ser impossível viver longe de Faraó. Embora sofressem, viam nele sua fonte de sustento. Contudo, Deus havia prometido uma terra que mana leite e mel — e Ele é fiel para cumprir.
Deus tem algo melhor para sua vida. Para isso, é necessário confiar no Libertador, Jesus, e abandonar o Egito — o sistema de opressão e domínio do mundo.
“Para viver um novo ciclo, precisamos dar passos em direção ao novo, deixando o velho para trás.”
No Egito, a opressão ditava as regras, e por isso não havia espaço verdadeiro para adoração.
“E as eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de mosto e de azeite.
E restituir-vos-ei os anos que comeu o gafanhoto, a locusta, o pulgão e a lagarta — o meu grande exército que enviei contra vós.
E comereis abundantemente e vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente; e o meu povo nunca mais será envergonhado.”
(Joel 2:24-26)
1.3 O Deus que Liberta é o Mesmo que Molda
O deserto é a segunda etapa da jornada de Israel, simbolizando um tempo de amadurecimento, desenvolvimento e dependência de Deus. Se o Egito representa o mundo, o deserto representa os primeiros passos na vida cristã — um tempo de provações, mas também de aprendizado.
1.4 Nem Todos que Estão na Igreja Estão Adorando a Deus
É importante reconhecer que nem todos que estão na igreja verdadeiramente saíram do Egito. Muitos ainda vivem sob o senhorio do mundo, mesmo frequentando os cultos.
A adoração no Egito é voltada a Faraó — afinal, lá ele é o senhor, e o povo é escravo dele. Da mesma forma, há quem adore o conforto e o estilo de vida do mundo, recusando-se a abandonar o velho homem.
A palavra igreja significa literalmente “chamados para fora”. Fomos chamados para fora do mundo, fora do Egito, para adorar a Deus no deserto, enquanto caminhamos rumo à terra prometida — uma vida de plenitude e abundância:
“O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.”
(João 10:10)
